PIBIC

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica 

     

     O foco principal do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica (PIBIC) é promover uma ênfase científica aos novos talentos que estão para se formar. O Laboratório de Virologia - LabVir - foi e é contemplado anualmente com bolsas PIBIC ( Iniciação Científica Remunerada), as quais são destinadas a alunos entusiastas pela área da Virologia. Até o ano de 2019, o laboratório já obteve um número de 10 bolsas PIBIC em seus 9 anos de existência - um número expressivo entre os diversos grupos de pesquisa de Jataí. 

     Os projetos de PIBIC exigem dedicação e tempo do aluno na realização de tarefas tanto laborais inerentes à manutenção do ambiente do laboratório quanto de tarefas relacionadas ao projeto do aluno. O PIBIC tem duração de um ano, e nesse período o aluno deve buscar continuamente o aperfeiçoamento no tema relacionado com sua pesquisa, conciliando pesquisa e graduação. O bolsista deve dedicar 20 horas semanais às atividades de pesquisa durante o período de vigência da bolsa, sendo esse horário realizado preferencialmente de segunda a sexta-feira, das 07:00h às 18:00h.

     Mas o que espera-se de um aluno PIBIC? Espera-se que o mesmo esteja no laboratório há algum tempo, habituado com a rotina e pesquisas realizadas continuamente. Ainda, espera-se proatividade, interação com o grupo, presença assídua no laboratório, vontade de aprender, iniciativa, dinamismo e comprometimento, além do estudo contínuo da área. 

    Diversos alunos já foram bolsistas PIBIC no laboratório de Virologia. Confira abaixo um pouquinho dos trabalhos desenvolvidos: 

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• EMILLY EMANUELLA OLIVEIRA SANTOS. Graduanda em Biomedicina, realizou a pesquisa intitulada "AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIVIRAL DO EXTRATO DE HYMENAEA STIGONOCARPA CONTRA O VÍRUS MAYARO" como PIBIC -AF durante do ano de 2019

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• Rebeca Francielle de Lima Silva. Graduanda em Biomedicina, desenvolveu dois projetos:
  • " AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIVIRAL DO EXTRATO DE SIPARUNA GUIANENSIS CONTRA O VÍRUS DENGUE TIPO III" como bolsista PIBIC durante o ano de 2019.

Descrição: A Siparuna guianensis pertence a família de Siparunaceae e popularmente conhecida como negramina, é encontrada em várias partes do Brasil. Várias espécies do gênero Siparuna são utilizados na medicina popular para tratamento de doenças de pele e estomacais (Leitão et al., 1999). Devido a enorme diversidade de vírus e o importante problema de saúde pública que eles causam, o desenvolvimento de novos agentes antivirais é de extrema importância, visto que contribuem para a sobrevida dos pacientes acometidos por esses vírus. A linha de produtos naturais tem fornecido importante fonte de novas moléculas (Cragg and Newmann, 2013) e muitos extratos e diferentes classes de metabólitos secundários com atividade antiviral tem sido reportados. (Kitazato et al., 2007; Naithani et al., 2008; Mukhtar et al., 2008). 

• • "ESTUDO MOLECULAR PARA A IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO VÍRUS DA CINOMOSE EM AMOSTRAS DE CÃES" como bolsista PIBIC durante o ano de 2018.

Descrição: O vírus da cinomose canina (VCC) é um Morbillivirus, da família Paramyxoviridae, encontrado mundialmente infectando cães domésticos e carnívoros silvestres (Murphy et al., 1999; Martinez-Gutierrez & Ruiz-Saenz, 2016). Por conseguinte, observa-se uma doença multissistêmica, contagiosa, com alta taxa de mortalidade. Portanto, a cinomose representa um importante problema de saúde pública animal porque é considerada re-emergente em várias regiões que tinham a doença outrora controlada pela vacinação. Adicionalmente, outro fator que chama a atenção é que mesmo em populações de animais vacinados observa-se inúmeros surtos de proporções alarmantes (Lan et al., 2006; Viana et al., 2015; Riley & Wilkes, 2015). O VCC é envelopado e possui um RNA fita simples de sentido negativo. O genoma é constituído por seis genes: a hemaglutinina (H) e a proteína de fusão (F) são duas glicoproteínas que estão inseridas na superfície da partícula viral, tendo papel chave na adsorção e fusão, respectivamente, do vírion a célula hospedeira; o espaço entre o envelope e o nucleocapsídeo é preenchido pela proteína de matriz (M) que é importante para a maturação viral; o genoma é encapsidado pela nucleoproteína (N), a qual é responsável pela proteção do material genético; as proteínas L (large) e P (fosfoproteína) estão envolvidas na transcrição e replicação do RNA viral (Griffin 2001). A transmissão viral ocorre em grande parte por aerossóis e secreções que contêm os vírus, através de secreções respiratórias, fezes e urina. Logo, o vírus se replica dentro de macrófagos nos tecidos do trato respiratório superior e depois se espalha para as amídalas e gânglios linfáticos regionais (Maclachlan & Dubovi, 2011). Em média o período de incubação é de 14 dias (Greene 2006). Consequentemente, a infecção pelo VCC causa amplo espectro clínico, variando desde casos clinicamente inaparentes até casos de encefalite aguda e fatal (Carvalho et al., 2012). No Brasil estudos voltados à análise molecular viral têm sido realizados de forma escassa porque tem se concentrado apenas em alguns estados das regiões Sudeste e Sul (Budaszewski et al., 2014; Fischer et al., 2016). Nossa região é endêmica da doença, possuindo imensa população canina, no entanto são usados discretamente testes sorológicos para captação de antígeno e anticorpos contra o VCC. Portanto a utilização de método molecular resultará em melhora no diagnóstico por conta de sua elevada acurácias (Blixenkrone-Moller et al., 1993; Ke et al., 2015).

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• Flávio Henrique de Lima Fernandes. Graduando em Biomedicina, desenvolveu o projeto intitulado "Investigação Molecular de Arbovírus de Importância Médica a Partir de Amostras de Seres Humanos Procedentes do Estado de Goiás" como bolsista PIBIC durante o ano de 2018.

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• Marielena Vogel Saivish. Graduanda em Biomedicina, desenvolveu dois projetos: 
  • " INVESTIGAÇÃO MOLECULAR DE ARBOVÍRUS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA A PARTIR DE AMOSTRAS DE SERES HUMANOS PROCEDENTES DO ESTADO DE GOIÁS" como bolsista PIBIC durante o ano de 2017.

 

• "INVESTIGAÇÃO MOLECULAR DE ARBOVÍRUS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA A PARTIR DE AMOSTRAS DE SERES HUMANOS PROCEDENTES DO ESTADO DE GOIÁS" como bolsista PIBIC durante o ano de 2016.
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Descrição: Arbovírus (arthropod-borne virus) são um grupo ecológico de vírus transmitidos principalmente por mosquitos hematófagos, envolvendo um ciclo complexo. Constituídos por vírus de importância médica, seus principais representantes pertencem aos gêneros Alphavírus, Flavivírus e Orthobunyavirus. Considerando a importância epidemiológica desses vírus, investigou-se a presença de material genético de arbovírus a partir de soros de pacientes com doença febril aguda. As amostras foram coletadas de forma retrospectiva, com diagnóstico descartado para o vírus dengue, durante uma epidemia de dengue em Goiânia - GO. Realizou-se ensaios moleculares de Multiplex-Nested-PCR para Alphavirus, e RT-Nested-PCR para Orthobunyavirus, para identificação de três dos principais arbovírus de importância médica: vírus Chikungunya (CHIKV), vírus Mayaro (MAYV) e vírus Oropouche (OROV). Os amplicons formados foram purificados, e sequenciados no Analisador Genético Applied Biosystem 3500. Buscando ainda uma melhor associação e investigação mais robusta, listamos os dados clínicos dos pacientes participantes da pesquisa. Os sinais/sintomas mais relatados foram: prostração (87,60%), mialgia (86,77%), dor retrorbital (76,86%), artralgia (76,03%) e cefaleia (76,03%). Os vírus pesquisados permanecem com potencial para se tornarem importantes problemas de saúde pública no Brasil, especialmente no Estado de Goiás, principalmente devido a presença maciça dos vetores virais. Apesar da detecção de produtos inespecíficos durante a realização das técnicas moleculares, o presente estudo aponta possibilidades de detecção viral, que serão confirmadas com o sequenciamento de amplicons obtidos, e indica a necessidade de se manter um sistema de vigilância arboviral. Somente com esse tipo de vigilância pode-se ser capaz de detectar os primeiros casos desses arbovírus emergentes, propiciando diagnóstico rápido em laboratório de casos suspeitos seguidos por medidas de controle. Isso é fundamental para contenção desses patógenos, que podem passar despercebidos ou até causar grandes surtos.

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• Vitor Gonçalves Floriano. Graduando em Biomedicina, desenvolveu o projeto intitulado "Padronização e aplicação de métodos sorológicos para a identificação de arbovírus a partir de amostras de fase aguda procedentes de Jataí, Goiás" como bolsista PIBIC durante o ano de 2014.

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• Ricardo Lemes Gonçalves. Graduando em Ciências Biológicas, desenvolveu o projeto intitulado "Seleção e Expressão de Ligantes e Peptídeos recombinantes da proteína não estrutura (NS1) do vírus Dengue para uso no diagnóstico sorotipo-específico de fase aguda" como bolsista PIBIC durante o ano de 2013.

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• Jéssica Maria Sanches Lopes. Graduanda em Biomedicina, desenvolveu o projeto intitulado "DETECÇÃO GENÔMICA DE ARBOVÍRUS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA NA FAUNA (DIPTERA, NEMATOCERA) DO SUDOESTE GOIANO" como bolsista PIBIC durante o ano de 2013.

Descrição: Os arbovírus ou vírus transmitidos por artrópodes são importantes causas de doenças nos seres humanos e são classificados em diferentes famílias (Togaviridae, Flaviviridae, Bunyaviridae, Reoviridae, Rhabdoviridae). Muitos desses agentes estão associados à doença febril aguda e podem também ocasionar quadros de infecção no sistema nervoso central. Os arbovírus são importantes vírus em termos de saúde pública, já que alguns estão associados a surtos urbanos como os vírus da Febre Amarela, vírus da Dengue, vírus Oropouche, e vírus Mayaro. No Estado de Goiás diversos casos de Dengue têm ocorrido (12.492 casos em 2010) e apesar disso poucos estudos têm sido realizados para investigar a circulação de arbovírus na biodiversidade da fauna de insetos hematófagos. A coleta dos insetos foi realizada com armadilhas do tipo CDC luminosa, a identificação foi realizada por chaves dicotômicas e foram separados em diferentes lotes de acordo com o gênero. O nitrogênio líquido foi utilizado para o armazenamento e preservação dos mosquitos, para que posteriormente os vírus fossem detectados individualmente a partir de cada lote de mosquitos por métodos moleculares empregando primers específicos para os gêneros Orthobunyavirus, Alphavirus e Flavivirus. O isolamento e a identificação desses agentes servirão de base para estudos futuros para avaliar a prevalência de infecções humanas por esses agentes. Portanto, o objetivo deste estudo foi conduzir uma investigação preliminar em diferentes locais da região sudoeste do Estado de Goiás a fim de constatar a biodiversidade existente de insetos hematófagos e avaliar o potencial de transmissão dos arbovírus a partir de espécies coletadas.

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• Christie Ataides Pereira. Graduanda em Biomedicina, desenvolveu o projeto intitulado "DETECÇÃO GENÔMICA DE ARBOVÍRUS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA NA FAUNA (DIPTERA, NEMATOCERA) DO SUDOESTE GOIANO" como bolsista PIBIC durante o ano de 2012.

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• DAIANE PEREIRA DA SILVA NOVAES. Graduanda em Biomedicina, desenvolveu o projeto intitulado "DETECÇÃO DE ANTICORPOS ANTI-HANTAVÍRUS NA ZONA RURAL E URBANA DO MUNICÍPIO DE JATAÍ-GO" como bolsista PIBIC durante o ano de 2011. O trabalho posteriormente foi publicado na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, disponível em http://dx.doi.org/10.1590/0037-8682-0035-2017.